Hoje é 8 de março de 2.011, dizem que se comemora o Dia da Mulher e é 3a feira de carnaval, 17.53hs. Eu estou em casa, na sala, postando em meu blog, o que não fazia há muito tempo. Muito por causa de falta de tempo, muito trabalho mas também porque acho que as sensações iam e vinham e de algum modo não se acumulavam, como agora.
Acabei mais um trabalho de transcrição agora há pouco. O 1o de um projeto. Sobre reinserção da disciplina de psicologia no ensino médio. Nem sabia que tinha sido inserida, muito menos retirada. Enqto isso há um monte de profissionais da área, dentre eles meu novo cliente, lutando por essa causa. Que apóio também, embora eu já tenha feito o ensino médio há anos, minha filha mais velha também e a mais nova ainda esteja no fundamental. Ou seja, não se refere a minha realidade cotidiana. Mas a causa, em si, acho justa e válida.
Qto ao Dia da Mulher, legal haver um para comemorar mas é algo que também não diz respeito a minha realidade cotidiana. Sou mulher todos os dias e digo mais: homem também. Já que sou chefe de família, trabalhadora, dona de casa, mãe e pai de minhas 2 filhas. Pode-se comemorar, falar, discursar, ainda mais com essa onda de presidenta que parece que só agora as mulheres se deram conta de seu poder mas a luta de todo dia de uma verdadeira guerreira é árdua. Preferi trabalhar. É mais prático também.
Qto ao carnaval, nem vi o bloco passar. Na internet fala-se pouco e pode-se desviar desse e de outros assuntos indesejados e estou sem tv. Em um desses temporais um raio a queimou. Pedi indenização pra Eletropaulo, que me mandou a carta para fazer orçamentos mas não pude fazê-los ainda por falta de transporte. Minha tv é antiga, de tubo, 20 polegadas, pesadíssima. Mas acho que a amiga da minha filha mais velha onde ela passou o carnaval aqui mesmo em SP que tem carro, vai nos ajudar nessa empreitada. Gosto mais da internet mas a tv faz falta. Somos em 3 na casa e só temos 2 divertimentos: a internet e a tv para nos revezarmos.
Tenho mais trabalho pra fazer. Estou com outro projeto, um doutorado de um sociólogo, também sobre outra causa de outra área, a dos assistentes sociais.
O mundo é enorme e muitas coisas acontecem em todos os lugares o tempo todo. Coisas boas, más... A vida fervilha. E é tão curta! E tão rápida!
Precisaria ir conhecer o novo apartamento da minha irmã que se mudou há 1 mês e meio. Minha filha mais nova foi, está lá desde sábado, passou o carnaval lá e combinamos de eu dormir lá hoje e virmos embora amanhã mas não estou com vontade. Não gosto de sair de casa. Aqui tenho meu computador, minhas músicas de meditação da radioanjodeluz.net, meu trabalho, meus amigos virtuais, a comida que faço, meu quintal verde pra olhar e meditar, pensar livremente, escrever no meu blog, chorar/rir/cantar/dançar. É meu espaço. Não tenho que falar com ninguém nem ouvir ninguém falando, muito menos abobrinha. Não tenho que discutir opiniões nem gastar minhas energias com convenções. Fico em pé/sento/deito/durmo/medito. Ou simplesmente não faço nada.
Estava precisando desse tempo para ficar sozinha comigo mesma. Mesmo não trabalhando fora no começo do ano tive a companhia em tempo integral da minha caçula, que exige muita atenção ainda.
Agora cada uma das filhas foi para um lado e eu fiquei aqui em casa sozinha. Acho que daí as sensações puderam baixar, se acumular e eu vim descarregá-las.
Estou me sentindo esquisita. O trabalho fora, que vinha bem, não vem mais, acho que o desgaste está sendo maior que a recompensa e estou com vontade de modificar tudo à volta. Tenho feito muito trabalho em casa mesmo mas semana passada também foi desgastante porque trabalhei com prazos apertados e outros parceiros. Agora se normalizou porque os trabalhos que tenho têm prazos maiores e estou fazendo sozinha. Então, melhorou muito. Mas, apesar de estar com 2 projetos e um até ser longo, ainda não me sinto segura com o volume.
Hoje revi uma colega que faz tempo que não revia também pelo Face, a Josy. Qdo eu e o Celso (na verdade mais eu mesma) estava planejando o espaço alternativo em Monte Mor fomos à casa dela para propor parceria pq ela trabalha com livrarias. Depois o Celso mudou e tudo foi por água abaixo. Agora a casa dele está quase pronta e ele me enviou email pra ir visitar e a chamei também. E relembrei o nosso papo. Ela se mostrou super receptiva em mudar-se de SP e fazer negócio. Fiquei feliz. Quem sabe? Mesmo com tantas estradas sinuosas ainda dê certo. Gostaria muito de mudar radicalmente. Renovar a vida.
Enquanto isso vou apenas registrando os sentimentos.
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